segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Encontros e Desencontros (2003)


[O relacionamente humano em foco]

Antes de mais nada, este lindo de filme de Sofia Coppola é um retrato sobre a fragilidade humana, sobre a depêndencia que temos de uma companhia, de um apoio, de um suporte, enfim, de alguém com quem contar. Bob Harris (Bill Murray) é um homem bem-sucedido, ator de fama internacional, casado, com filhos, e leva uma vida supostamente idealizada por muitos. Contudo, lá no fundo, Bob anseia por algo diferente, algo que lhe tire de seu saturado casamento de 25 anos e de sua vida repleta de caprichos e bajulações. Algo que o faça esquecer de sua rotina nem que de forma passageira. E é na jovem Charlotte (Scarlett Johansson) que Bob encontra um escape, uma fuga de sua vida quase mecânica.

Ambos estão em Tóquio, a grande metrópole japonesa. Bob veio gravar um comercial de uísque contra sua vontade: motivos puramente financeiros. Charlotte veio acompanhar o trabalho do marido, fotógrafo de relativo sucesso, mas especialmente ausente e distante de sua referida esposa. Como passatempo, a menina  passeia pelas ruas da capital. Junto dela vai a câmera de Coppola, acompanhando-a em diferentes lugares, mostrando os diferentes nuances de uma sociedade muito diferente da ocidental. São cenas cotidianas, cenários esculturais e diferentes perspectivas sobre uma cultura notavelmente desconhecida à estrangeira, Bob, por outro lado, encontra dificuldades em relação ao fuso horário local, passando a maior parte de suas madrugadas no bar do hotel, bebendo.

E é neste triste e solitário ambiente que ambos se conhecem. Do melancolismo até então demonstrado pelos dois surge o carismático Bill e a simpática Charlotte. O que até então parecia uma estadia sem fim passa a se tornar, continuamente, em uma estadia prazerosa. A afinidade criada pelos dois desponta de maneira verossímil e de forma coerente com o belo desenvolvimento dos personagens. Da solidão dos dois, então, surge uma relação de amizade, e não de amor, sincera e convincente. E é neste ponto que o longa tem seus maiores trunfos. Apesar de não haver uma grande trama, é verdade, Encontros e Desencontros é uma obra extremamente despretensiosa, que demonstra uma sensibilidade pouca encontrada no cinema, com conjunturas e situações que o aproximam do espectador.

Sofia Coppola, em apenas seu segundo longa, se mostra uma diretora extremamente madura e inteligente, com um jeito de filmar delicado e diferente que não passa despercebido. Seu Encontro e Desencontros é uma ode as relações e sentimentos humanos e, desde já, uma pequena obra-prima, cuja validade deve vigorar por muito e muitos anos a vir.

Nota: 9,5

Título Original: Lost In Translation
Direção: Sofia Coppola
Gênero: Drama, Romance
Duração: 102 min

domingo, 12 de dezembro de 2010

Os (meus) Melhores Filmes de 2010


Lista já um pouco consolidada.
Escolhi filmes considerando não mais o lançamento no Brasil, e sim o internacional.

10. A Rede Social


9. A Origem


8. As Melhores Coisas do Mundo


7. O Discurso do Rei


6. Cisne Negro


5. Biutiful



4. Lixo Extraordinário


3. Scott Pilgrim Contra o Mundo



2. Tropa de Elite 2


1. Toy Story 3


Lista sujeita a alterações.

Revisitada pela última vez em 10/07/12.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Filmes assistidos em Novembro - 2010




Contagem Total: 2

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Filmes assistido em Outubro - 2010


Acho que teve mais, mas não lembro agora.


 Gran Torino (2008)


Contagem Total: 2

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Filmes assistidos em Setembro - 2010



Julie & Julia (2009)

Contagem Total: 3

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Filmes assistidos em Agosto - 2010


Rumo a um filme por mês!
 
A Origem (2010)

Salt (2010)

Contagem Total: 2

domingo, 1 de agosto de 2010

Filmes assistidos em Julho - 2010


Tá osso.

 O Fantástico Sr. Raposo (2009)
À Procura de Eric (2009)
Deja Vu (2006)
Harry e Sally: Feitos um Para o Outro (1989)

Contagem Total: 4

sábado, 17 de julho de 2010

As (minhas) Melhores Animações da Década


Post novo pra tirar essa blog da inércia. Quando terminei a lista, percebi que ainda falta muita coisa pra eu ver e tenho certeza que essa lista irá mudar futuramente. Enfim, contando somente longas, de 2000 a 2009.

10. A Era do Gelo (2002)

 

9. Shrek 2 (2004)

 

8. Ratatouille (2007)

 

7. Lilo & Stitch (2002)


6. WALL-E (2009)

 

5. Os Incríveis (2004)

 

4. Monstros S.A. (2001)

 

3. Shrek (2001)


2. A Viagem de Chihiro (2001)


1. Procurando Nemo (2003)


Não entraram na lista: Up - Altas Aventuras, Carros, Os Simpsons, Madagascar, Kung Fu Panda, entre outros.

Ainda não vi: Mary e Max, Persépolis, O Castelo Animado, As Bicicletas de Bellevile, entre outros

Lista sujeita a alterações.

Revisitada pela última vez em 13/12/10.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Filmes assistidos em Junho - 2010



Cursinho e Copa do Mundo consumindo meu tempo só podia dar nisso.




Robin Hood (2010)

Contagem Total: 3

terça-feira, 1 de junho de 2010

Filmes assistidos em Maio - 2010


Sonhos Roubados (2009)

Contagem Total: 6

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Querido John (2010)


[ Um refresco no gênero romântico]

Querido John, novo filme do diretor sueco Lasse Hallstrom, é uma adaptação do livro homônimo de Nicholas Sparks sobre um jovem soldado, John (Channing Tatum), que tem de se separar de sua paixão, Savannah (Amanda Seyfried), para cumprir suas missões com o exército americano. O roteiro parece marcado: ambos se apaixonam, se separam e se reencontram depois de muito tempo para enfim ficarem , ou não, juntos. E o filme não foge muito disso. O que surpreende em Querido John é a forma madura com que o relacionamento é tratado, sem melodramas e pieguices que poderiam tornar o longa em mais um produto barato e descartável.

Não tive a oportunidade de ler o livro para comparar, mas me agradou muito a forma como histórias diferentes são inseridas na trajetória do casal. Há o pai de John, solitário e apaixonado por moedas. Há o vizinho de Savannah, Tim, e o seu filho autista, Alan, que são como uma família pra ela. Todos esses três personagens estão inseridos de forma pertinente no enredo do filme e são extremamente necessários pra conhecer um pouco da personalidade de John e Savannah. Enquanto John se mostra perturbado por alguns acontecimentos de sua infância, Savannah mostra-se uma menina altamente altruísta. 

O fato é que ambos se conhecem e se apaixonam durante as suas respectivas "férias" e vivem uma relação intensa durante duas semanas. Após isso, poucos são os momentos que passam juntos durante o longa. John tem de, mais de uma vez, cumprir serviço por um longo período, o que gera uma instabilidade natural na relação. Durante este tempo, a única fonte de comunicação entre os dois são pequenas e demoradas cartas. E é aí que o filme ganha um diferencial. Constantemente, por meio de narrações, somos apresentados a alguns desses escritos, que se se mostram extremamente eficientes pra passar a dor e o sentimento de ambos e também para retratar o modo como a distância e o tempo podem afetar uma relação.

É importante aqui dar um destaque para a brilhante atuação de Richard Jenkins como o pai de John. Jenkins literalmente rouba a cena, criando um personagem até mais interessante que os dois principais. Sua história diferente envolve facilmente e o seu Sr. Tyree acaba sendo o personagem de mais apelo emocional no longa. Os outros atores fazem sua parte e Amanda Seyfried mostra novamente que é mais que um rostinho bonito. Channing Tatum ainda tem muito a trabalhar, mas o seu frio John acaba não comprometendo tanto sua atuação.

De resto, Querido John ainda toca em assuntos como autismo e guerra. Em fato, esses são temas que recebem uma merecida atenção. A guerra, em particular, mostra como é díficil a separação, em uma situação que se mostrou extremamente comum nos últimos anos, especialmente se falando de EUA.

Por fim, é preciso reconhecer mais um bom trabalho de Hallstrom. A dinâmica do filme é muito boa e não chega a cansar. A ótima trilha sonora marca presença de novo, juntamente com  ótimas tomadas e cenários. Querido John pode não ser algo único, mas parece algo novo em vias do que vem aparecendo ultimamente no gênero. Pequenos excessos de dramaticidade e aceitáveis passagens desnecessárias não são suficiente pra tirar a força deste belo e envolvente romance.

Nota: 7,5

Título Original: Dear John
Direção: Lasse Hallström
Gênero: Romance, Drama, Guerra
Duração: 105 min

sábado, 1 de maio de 2010

Filmes assistidos em Abril - 2010

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Filmes assistidos em Março - 2010



 
Invictus (2009)

Ilha do Medo (2010)
O Segurança Fora de Controle (2009)
Ervas Daninhas (2009)
Contagem Total: 7

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